O ronco pode ser um aviso de que o seu coração corre um risco danado durante o sono.
A vibração: se o palato mole e a úvula (a “campainha”, no fundo da boca) estão muito próximos ou relaxados demais, eles vibram quando o ar passa. É o ronco.
O bloqueio: o palato, a úvula e mais o fundo da língua podem acabar obstruindo a faringe. Isso impede a passagem do ar e interrompe a respiração por até 40 segundos. Trata-se da apnéia.
O susto: quando o cérebro percebe que começa a faltar oxigênio, ordena uma descarga de um hormônio liberado em situações de perigo, a adrenalina. Ela acelera os batimentos cardíacos, aumenta a freqüência respiratória e contrai os vasos sanguíneos, o que leva a pressão às alturas. Pode ser o começo de um infarto ou um derrame.
Saiba mais sobre narcolepsia
Excesso de sono também é capaz de indicar uma disfunção. A hipersonolência diurna é um problema que pode ter sérias conseqüências. A pessoa está mais sujeita aos acidentes domésticos, de trabalho e de trânsito e enfrenta dificuldades no rendimento escolar e nos relacionamentos sociais.
A hipersonolência, por sua vez, pode ser um dos principais indícios de um distúrbio conhecido como narcolepsia. De acordo com a literatura médica, ele afeta uma em cada 2 mil pessoas. Apesar de dormir a noite toda, o narcoléptico costuma ter acessos de sono incontroláveis durante o dia.
Não é fácil detectar a narcolepsia. A confusão é simples: normalmente ela aparece na adolescência, quando os jovens já têm uma tendência a dormir mais.
Apagar sem motivo durante o dia, despertar inúmeras vezes por frações de segundo à noite e ter sonhos que parecem assustadoramente reais são outros sintomas do mal.
Por isso, flagrar a narcolepsia é trabalho para uma bateria de exames. A avaliação inaugural é a polissonografia, que monitora o sono no decorrer de uma noite.
Ainda não existe uma cura para a narcolepsia. As pesquisas mais recentes pretendem encontrar uma substância capaz de imitar as funções do neurotransmissor em falta. Mas, para debelar os sintomas (e até para prevenir acidentes), existem remédios que diminuem a sonolência, mas para isso é preciso orientação médica.
TESTE
Você é sonolento?
A escala de Epworth é um teste muito usado pelos médicos para ajudar a descobrir a hipersonolência e a narcolepsia. Este teste foi criado pelo especialista australiano Murray Johs e tornou-se uma ferramenta essencial para o diagnóstico desses distúrbios. É só responder, de acordo com o gabarito, à pergunta:
Qual a probabilidade de você cochilar ou adormecer nas situações apresentadas?
1. Sentado e lendo.
a) Nenhuma chance
b) Chance pequena
c) Chance moderada
d) Chance alta.
a) Nenhuma chance
b) Chance pequena
c) Chance moderada
d) Chance alta.
2. Assistindo TV.
3. Sentado e quieto num lugar público, sem atividade (cinema, sala de espera, reunião).
4. Andando uma hora sem parar como passageiro de um trem, ônibus ou carro.
5. Se estiver de carro, enquanto pára por alguns minutos no trânsito intenso.
6. Deitado para descansar à tarde, quando as circunstâncias permitem.
7. Sentado, conversando com alguém.
8. Sentado calmamente após o almoço, sem ter tomado bebida alcoólica.
Some sua pontuação:
A. Zero
B. 1 ponto
C. 2 pontos
D. 3 pontos
B. 1 ponto
C. 2 pontos
D. 3 pontos
Resultado:
0 a 10 pontos: normal
10 a 16 pontos: sonolência leve
16 a 20 pontos: sonolência moderada
20 a 24 pontos: sonolência severa
10 a 16 pontos: sonolência leve
16 a 20 pontos: sonolência moderada
20 a 24 pontos: sonolência severa
Fonte: Manual do sono Ortobom
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